FSMO – O que, para que, onde?

Fala galera, 100%?!

Hoje falaremos sobre as FSMO (em inglês pronuncia-se FISMO), espero que todos estejam com a mente fresca, blz?

Well, well, creio que você como administrador de redes utilize o Active Directory para gerenciar melhor seu ambiente. O AD, para funcionar, precisa de alguns carinhas que executam tarefas especificas no domínio. Para esses “carinhas” damos o nome de Operadores de Funções Master (nomenclatura meio que nova) ou apenas FSMO (da velha guarda). São elas que garantiram a consistência necessária para que todo seu ambiente de domínio rode sem problema

Seguindo a ideia do título do post, falei um pouco sobre o que é, para que serve e onde cada FSMO deve ficar. Ao todo temos 5 funções master, dessas 2 atuam no nível de Floresta e as demais ao nível de Domínio.

O que é? Para que Serve?
  • Schema Master: A função Schema atua a nível de floresta. Ela é o esqueleto do AD, responsável pelos atributos de todos os objetos do AD. Essa função só será utilizada em questões super específica, em geral, não se altera nada nela. A instalação de um Exchange na rede faria uma atualização de Schema, assim como o upgrade de um domínio 2008 R2 para 2012. Para que fique mais claro, se você executar o comando “adsiedit.msc” poderá enxergar melhor o que estou dizendo. Ao abrir o editor, selecione algum objeto e veja todos os campos de atributos que o mesmo possui e entenderá melhor o que é o schema (primeira imagem). Caso queira mais “emoção” e obviamente estudar a fundo o schema, em um ambiente de lab, é possível abrir o console e até mesmo alterar o Schema do AD de forma manual. Para isso, execute um PowerShell como administrador e registre a DLL schmmgmt.dll com o comando regsvr32 schmmgmt.dll. Após isso abra o MMC e adicione o Snap-In “Active Directory Schema” (segunda imagem).

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  • Domain Naming: Esse carinha também é uma função a nível de Floresta. Ele é responsável por garantir consistência ao namespace da Floresta. Por exemplo, se você possui o domínio “empresa.local” e um domínio filho chamado “Filial”, se, por algum motivo tentarem adicionar um novo domínio filho com o nome “Filial” a função Domain Naming será consultada e não permitirá essa ação. Basicamente se temos uma floreta com apenas um domínio essa função nunca será utilizada.

  • PDC: “O cara do domínio”, essa é minha definição para a função PDC (Primary Domain Controller). Atuando no nível de Domínio ela é responsável por lidar com as requisições de login, por  tomar conta das senha dos usuários, responsável pelo catalogo de GPOs, é quem serve de referencia de horário para os clientes (NTP preferencial, se nenhum outra configuração for realizada) e também toma conta das descobertas de rede. Um exemplo para simplificar, imagine que tenhamos uma floretas com 3 domínios replicados: Um no ES, um no RJ e outro em SP. ES é o PDC da rede, se a senha de um usuário for alterada no RJ o PDC receberá uma replicação de urgência para atualizar o atributo do usuário. Essa atualização não será enviada, em hipótese alguma ao DC de SP sem antes ter sido atualizada no PDC. A mesma ideia vale para as GPOs, as alterações sempre são realizadas no PDC.

  • RID: O RID (Relative Identifier) Master também atua no nível de domínio e é responsável por alocar e gerenciar os Identificador Únicos para os objetos do AD. Quando um novo objeto (computador, usuário, ….) é criado no AD ele instantaneamente recebe um SID (Security Identifier), que é a combinação do domino SID + RID. Abstrato, né? Tentando deixar mais claro, o RID entrega um código único a cada objeto, para evitar conflitos. Quando temos mais de um domínio na rede é essa função que garante que não haverá dois objetos com a mesma identificação.

  • Infrastructure Master: Essa função é responsável por replicar alterações nos objetos entre domínios. De forma simples, imagine que o “Usuário A” do “DOMINIO1” faça parte de um grupo no “DOMINIO2”, se o nome do “Usuário A” for alterado para “Usuário Z” quem replicará a atualização entre os dominós é a função Infrastructure.

Onde?

Quando o primeiro Controlador de Domínio é instalado na rede todas as FSMOs residem no mesmo servidor. Não existe um regra para alocação das Funções de Operação Master, mas, é importante saber que existem boas práticas.

O que deve ter em mente é que as 5 FSMOs são importante e devem ser mantidas “saudáveis”. Em ambientes de maior porte a realocação é importante para garantir disponibilidade e melhor performance.

Schema Master e Domain Naming (DN): Devem ser mantidos no mesmo DC. Sempre que um novo domínio for criado a função DN será consultada. É recomendado também mantenha-se esse servidor como Catologo Global, pois durante a criação de um dominio filho o GC também deve ser consultado. Como essas funções são raramente utilizadas em ambientes menores, considere essa dica apenas para ambientes Multi-Dominio. Se estiver trabalhando com Multi-Dominio, a recomendação é manter essas funções no Domínio Root, pois seu uso será mais constante durante adição e/ou remoção de domínios.

PDC: Deve ser mantido no DC que possui mais acessos. Se você possui uma floresta com 2 domínios replicados, mantenha o PDC no site (filial, empresa2, localização…) em que possuir mais usuários. Lembre-se que ele “é o cara do domínio”. Não faria sentido manter o PDC em um site que possui poucas requisições de logon, poucas atualizações de senha, por exemplo.

RID: Mantenha esse cara junto com a função PDC. O RID é responsável por gerenciar os identificadores de Objeto, certo? Logo, é bem provável que a maior demanda dele estará no maior site do ambiente.

Infrastructure Master (IM): Aqui temos duas situações

  • Ambiente com apenas 1 Domínio: A IM pode ser mantida em qualquer servidor, incluindo Catálogos Globais

  • Ambiente Multi-Dominio: A IM deve ser alocada em qualquer servidor QUE NÃO seja um Catalogo Global

Essa recomendação da Microsoft é para evitar inconsistência entre objetos multi-domínio (explicarei isso em breve, por vídeo).

A nível de curiosidade e para complementar o artigo. Caso você não queira manter todos os DCs como Catalogo Global, a recomendação é que o GC seja mantido em um site que tenha mais de 100 usuários existam e/ou onde exista grande fluxo de Roaming Profile.

Bom, muita informação para um artigo só, right? Paramos por aqui. Em breve veremos como manusear as FSMO.

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Grande abraço

Referencias:

https://support.microsoft.com/en-us/kb/223346

http://www.mahditehrani.ir/index.php/2013-03-10-15-00-21/directoryservice/95-best-practices-for-fsmo-roles-placement

Active Directory, 5th Edition – O’Reilly

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